Quem nunca sonhou em viver a vida de uma estrela de cinema? Com todo o glamour, luxo e fama – nada mal, não acha?
Muito mal, de acordo com as autoridades chinesas.
Em uma declaração conjunta de cinco agências governamentais – incluindo o Departamento de Propaganda e a agência reguladora de rádio, TV e cinema –, foi anunciada uma nova medida para limitar os “super salários” das estrelas de cinema chinesas.
Segundo as novas regras, o salário dos atores e atrizes principais não pode passar de 40% do valor total da produção nem de 70% do valor total gasto com salários dos elencos.
Os oficiais chineses alegaram que os super salários “prejudicam a saúde da indústria cinematográfica”, promovem a “adoração ao dinheiro”, levam os jovens a “seguirem cegamente as celebridades” e “distorcem os valores sociais”.

Segundo a declaração, a regra veio para evitar a evasão fiscal e a celebração de “contratos yin e yang” na indústria do cinema.
Os contratos “yin e yang” são uma prática supostamente comum entre as grandes estrelas de cinema chinesas. Ao invés de assinarem apenas um único contrato de salário, os atores e atrizes assinam dois contratos – um com uma pequena parcela do salário e o outro com o restante. As estrelas, então, apenas declaram o contrato de menor valor às autoridades, pagando menos impostos.
Um escândalo envolvendo os contratos yin e yang chamou atenção em maio deste ano, quando o apresentador de TV Cui Yongyuan postou fotos de dois contratos nas redes sociais, um no valor equivalente a R$ 6 milhões e outro equivalente a R$ 30 milhões, alegando que ambos pertenceriam a Fan Bingbing, a atriz mais bem paga da China, segundo a Forbes.

Depois de lançar a polêmica, Cui se desculpou e alegou que os contratos nada tinham a ver com Fan – o estrago, porém, já estava feito. O estúdio de Fan já havia sido colocado sob investigação, e o governo chinês tomou novas precauções para coibir a prática de super salários e contratos yin e yang entre as estrelas.
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