Chamou a atenção da internet, esta semana, a descoberta do corpo de um cavalo morto há milhares de anos. O achado, que foi feito por cientistas russos no começo de agosto, vem causando enorme frisson na rede por conta do seu impressionante estado de preservação, o qual deslumbrou até mesmo os especialistas.
O nível de conservação do animal impressionou os cientistas. Foto: Michil Yakovlev/SVFU
“O potro não tem nenhum dano em sua carcaça, até mesmo seu cabelo está preservado, o que é incrivelmente raro para tais achados antigos”, declarou Semyon Grigoryev, diretor do museu Yakutia Mammoth.
Detalhe do focinho do animal. A preservação do corpo do animal se deu pelas baixas temperaturas da região. Foto: Michil Yakovlev/SVFU
Segundo os pesquisadores da Universidade Federal do Nordeste de Yakutia, o equino teve seu corpo preservado pela ação do permafrost presente na região de Batagai, na Sibéria.
O solo permafrost na Sibéria permanece congelado durante o ano inteiro. Foto: Siberian Times/Reprodução
O permafrost é um tipo de solo típico de regiões frias como a Sibéria, o qual se mantém congelado durante praticamente o ano inteiro. Em temperaturas baixas assim, é comum os corpos não sofrerem decomposição.

De acordo com Grigoryev, o animal, que morreu ainda jovem, pertencia a uma espécie já extinta de equino.
“Ele tinha cerca de dois meses de idade”, afirmou. “Este tipo de cavalo habitou a região entre 30 e 40 mil anos atrás. Eles são chamados de ‘Lenskaya’ ou ‘cavalo de Lena (Equus lenensis); eles são uma espécie geneticamente diferente dos que vivem em Yakutia atualmente”.

Especula-se que o pobre mamífero tenha morrido vítima de uma armadilha natural.
“Especialistas que participaram da expedição apresentaram uma versão segundo a qual o potro poderia ter se afogado após entrar em algum tipo de área naturalmente perigosa”, relatou o vice-chefe da Universidade Federal do Nordeste, Grigory Savvinov.
É realmente impressionante, não é mesmo?